segunda-feira, 21 de março de 2022

 

CONSAGRAÇÃO INCONDICIONAL

TEXTO: ROMANOS 12:1-2

Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Romanos 12:1,2

INTRODUÇÃO

·         Pouco se prega, mas existem dois momentos distintos na vida cristã: SALVAÇÃO E CONSAGRAÇÃO.

·         salvação é o primeiro estágio da vida cristã. A consagração é o segundo estágio.

·         Na salvação Deus me separou em sua mente para Ele. Na consagração eu me separo voluntária e racionalmente para Deus.

·         Na salvação Jesus fez seu sacrifício na cruz por mim. Na consagração eu me ofereço como sacrifício vivo a Jesus.

·         Na salvação Cristo morreu por mim. Na consagração eu morro para Cristo afim de que Ele viva em mim.

Vamos analisar o texto e estas colocações serão confirmadas. É um texto tão rico que é impossível comentá-lo em uma única mensagem.

I – A CONSAGRAÇÃO NÃO É UMA ORDEM, MAS UM APELO, UM CONVITE

Rogo-vos, pois…” – suplicar, pedir com insistência. Deus não força a consagração. É uma decisão do coração. Se fosse uma questão de obediência, Deus teria dado uma ordem.

II – A CONSAGRAÇÃO É PARA AQUELES QUE NASCERAM DE NOVO, ISTO É, PARA OS QUE JÁ SÃO SALVOS

“Rogo-vos, pois irmãos – Toda a carta aos romanos é dirigida aos crentes da Igreja em Roma. Rm 1:7 “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos”.

Aos incrédulos o apelo é para a salvação. Mas aos crentes, aos salvos o apelo é para a consagração completa e incondicional a Cristo.

Eu me consagro não para que eu seja salvo, mas porque já sou salvo. Consagração não é condição para a salvação. A consagração me leva a experimentar a plenitude da salvação, a plenitude do Espírito Santo e a uma vida de santidade e poder.

O apelo é feito aos irmãos da Igreja, com base nisso, concluímos que alguns cristãos ainda não tinham se consagrado a Deus.

III – A GRATIDÃO ME MOTIVA A TER UMA VIDA TOTALMENTE DEDICADA A DEUS

“Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus Paulo revela que a consagração não é causada por um senso de responsabilidade ou de dever, mas um senso de gratidão. É o que o Senhor fez e faz por mim, que me leva a consagrar tudo que sou e tudo que tenho a Ele.

Quanto maior for meu senso de gratidão a Deus, maior será minha entrega e dedicação a Ele. Quanto menor for meu reconhecimento das misericórdias de Deus na minha vida, menor será o espaço de Deus em minha vida.

IV – A CONSAGRAÇÃO A DEUS NÃO PODE SER PARCIAL, MAS ENVOLVE A TOTALIDADE DE NOSSA VIDA

“Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus…” 

“Vosso corpo”, isto é, alma, espírito, família, patrimônio, bens, tempo, influência, cultura.

“Sacrifício vivo”, isto é, você morre para você, para seu ego, mas vive para Deus.

“Santo”, isto é, totalmente separado para o uso exclusivo do Senhor. 

“Agradável a Deus”, isto é, uma vida que dá prazer a Deus, que faz Deus sorrir.

V- A CONSAGRAÇÃO É MAIS UM ATO LÓGICO, RACIONAL DO QUE MERAMENTE EMOCIONAL

“Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional” 

Já vi muitos crentes atenderem apelos para consagração de vidas com uma dose intensa de emoção, mas que duraram poucos dias. Deus não quer uma entrega cega, irracional, inconsciente.

Quanto mais conhecemos e reconhecemos as misericórdias de Deus e as trazemos à memória, mais racional e lógica será nosso ato de consagração ao Senhor.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

VAI, VENDE O AZEITE, E PAGA A TUA DÍVIDA

VAI, VENDE O AZEITE, E PAGA A TUA DÍVIDA
Sermão pregado no Pequeno Rebanho


VAI, VENDE O AZEITE, E PAGA A TUA DÍVIDA
"1 E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.
2 E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
4 Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.
5 Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia.
6 E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
7 Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto". 2 Reis 4:1-7

Introdução:

- Uma das coisas que mais tem perturbado as pessoas desde que o ser humano existe sobre a face da terra, são as dívidas.

- Pagar as dívidas possivelmente seja o grande sonho da maioria das pessoas.

- É interessante a expressão que se usa quando se fala em pagar dívidas: “Não vejo a hora de me libertar das dívidas”. Ou seja, dívida é sinônimo de prisão, cadeia.

- Quem deve é como quem está preso. Aliás, aqueles que transgrediram a lei, passam a ser devedores da sociedade e por isso são presos.

1. Dívidas produzem conseqüências (vs. 1).

- Dívida é uma coisa que pode existir na vida de crentes e descrentes. Basta não se planejar adequadamente que elas surgem. Depois não adianta orar para Deus pagar, que Ele não vai fazê-lo. Ele nos ensina métodos de planejamento para aplicarmos à vida e nos livrar delas.

- A viúva lembra ao profeta Eliseu da vida dedicada a Deus do marido dela, no entanto ele deixou tantas dívidas que seus filhos estavam correndo o risco de serem levados como escravos para pagarem as dívidas que o pai deixara.

- Qualquer dívida traz conseqüências.

- O pecado produz sérios transtornos para a vida. O amor também gera um grande débito (Rm. 13: 8).

2. “Em que posso te ajudar? O que você tem” (vs. 2a)?

- O profeta parece ficar um tanto embaraçado com a abordagem da mulher. Eliseu exclama: “O que eu posso fazer?” Tem vez que é difícil até ajudar alguém, mesmo quando temos toda a boa vontade.

- No entanto, devemos procurar ajudar a todos e, quando não soubermos o que fazer, devemos perguntar à própria pessoa o que ela tem, ou pode começar a fazer para se ajudar.

3. “Só tenho um vaso de azeite” (vs. 2b).

- Sempre temos alguma coisa. Ninguém é totalmente destituído de recursos.

- Deus age a partir de ferramentas que Ele já pôs à nossa disposição, e que parece que nunca a vemos, como aconteceu com Moisés, com o rapaz que possuía cinco pães e dois peixes, com Davi e sua funda. Quando isso é entregue em Suas mãos o milagre acontece.

- O conselho de Eliseu vai tomar por base o que a mulher tem, não o que ela não tem. É dentro da sua realidade que ela vai obter o que precisa.

4. “Faça um investimento” (vs. 3).

- Existe muita diferença em se fazer um empréstimo e um investimento.

- O empréstimo é feito com o fim de suprir uma necessidade, que é normalmente contraída por falta de planejamento.

- O empréstimo é como encher-se uma caixa de água em dia de falta do produto e esvaziá-la em seguida para suprir a sua falta.

- O investimento parte do planejamento para se acumular recursos aos que já se tem e fazê-los produzir para o futuro.

- Eliseu aconselhou a viúva do profeta a investir na fé. Você é capaz de investir pela fé?

5. “Entra, fecha a porta e, junto com a família, derrama o azeite até encher o vaso” (vs. 4).

- Eliseu manda a viúva tomar uma providência interessante: entre na sua casa, junto com sua família e feche a porta. Isso significa que uma família só pode obter sucesso se for unida, se puder conversar, acertar as diferença e cultivar a paz.

- Depois, o azeite, que simboliza o Espírito Santo, “encherá os vasos até transbordarem”.

- A fórmula do sucesso para uma família crente é esta: união, oração, perdão, planejamento e confiança em Deus.

6. Trabalhando em conjunto e no mesmo propósito (vs. 5).

- Cada um fazendo a sua parte, sem briga, sem contendas e sem reclamações: os filhos traziam os vasos e a mãe os enchia. Todos trabalharam para o bem comum.

7. Sucesso do trabalho realizado em união e no temor de Deus (vs. 6).

- A família unida pode preparar todos os vasos para serem cheios pelo Senhor.

- O trabalho realizado em união e no temor do Senhor é um grande sucesso.

Conclusão:

- O investimento realizado sob a autoridade de Deus, partindo de uma necessidade real (não apenas da ganância), também é usufruído de acordo com a vontade de Deus.

- Da mesma forma que a mulher dirigiu-se ao profeta pedindo orientação e ajuda diante da sua necessidade, obtido o recurso ela volta a procurar o profeta o qual lhe orienta sobre o que fazer com os recursos obtidos de Deus.

- Que a nossa vida possa ser orientada em tudo por Deus, tanto para obter recursos, como para aplicá-los de acordo com a Sua soberana e santa vontade. Só assim pagaremos nossa dívida!





DEUS CONOSCO EM 2022



DEUS CONOSCO EM 2022


 “Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem?” Is 43.18-19

Introdução:

Acredite...

DEUS ESTÁ MAIS INTERESSADO EM SEU FUTURO DO QUE NO SEU PASSADO!

Causas Comuns para nossas Falhas:

- Temos uma avaliação superficial da situação:

“O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as conseqüências.” Pv 27.12

- Passamos a maior parte do tempo correndo atrás dos prejuízos do presente e sobra pouco tempo para pensar adiante de nosso tempo.

- Nós ouvimos pouco:

“Os planos fracassam por falta de conselho.” Pv 15.22

Ouvir pais, pastores, líderes, pessoas mais experientes, conselheiros está ficando fora de moda na atualidade.

- “Espanamos” fácil em meio as pressões:

“Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força!” Pv 24.10

- Vamos receber alguns conselhos práticos da Palavra de Deus para construirmos juntos, segundo a vontade de Deus para cada um de nós!

 1. HAJA COM FÉ

“E ele, tocando nos olhos deles, disse: "Que lhes seja feito segundo a fé que vocês têm!" E a visão deles foi restaurada.” Mt 9.29 e 30

“Tenham fé no SENHOR, o seu Deus, e vocês serão sustentados; tenham fé nos profetas do SENHOR, e terão a vitória".” II Cr 20.20

- A palavra infiel no NT, é a mesma para agir sem fé.

- A Fé é uma espada cortante através do medo!


2. NÃO COMETA OS MESMOS ERROS

“Quantos erros e pecados cometi? Mostra-me a minha falta e o meu pecado.” Jó 13.23

- Reflita sobre seus erros e converse com Deus.

- Converse com Deus

- Pare de ficar pedindo desculpas pelas mesmas coisas!

“Mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.” Pv 28.13
“A tranqüilidade evita grandes erros.” Ec 10.4

3. OLHE PARA FRENTE

“Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé.” Hb 12.1b e 2

- Não deixe que a tirania do passado roube as alegrias deste novo ano que está nascendo totalmente novo para você desfrutá-lo e construí-lo.

- Olhe para frente, olhe para Jesus!

4. NÃO CONFIE EM SUA PRÓPRIA CAPACIDADE

"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada.” Jo 21.3

- Quantas vezes suas redes foram puxadas vazias porque você confiou apenas em sua capacidade humana. No seu poder de planejamento e execução.

- Ouça esta outra Palavra do Senhor:

“Agora, assim diz o SENHOR dos Exércitos: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada".
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: "Vejam aonde os seus caminhos os levaram!” Ag 1.5 a 7

- A questão não é você, e sim Deus! O que Deus quer de sua vida.

- Jeremias 17.5, o Senhor nos diz: "Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR.” Jr 17.5

5. ORGANIZE SUA AGENDA

“Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos.” Pv 20.18

- Veja esta Palavra de Salomão em Eclesiastes:

“Quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol.” Ec 2.11-

- Assuma compromissos de forma equilibrada nestas 6 áreas vitais de sua vida:

- DEVOCIONAL,

- FAMÍLIA,

- MINISTÉRIO,

- TRABALHO,

- DESCANSO,

- LAZER.

O Equilíbrio gera força e sabedoria para nossas vidas!

6. VALORIZE AS PESSOAS

“Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor.” Mc 6.34

- A família de Rebeca (esposa de Isaque) no momento da sua despedida: E abençoaram Rebeca, dizendo-lhe: "Que você cresça, nossa irmã, até ser milhares de milhares; e que a sua descendência conquiste as cidades dos seus inimigos” Gn 24.60

7. OBSERVE ATENTAMENTE AS OPORTUNIDADES

- “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus” Ef 5.15-16

- Elementos fatais para perdermos oportunidades:
- Cegueira Espiritual, 
- Orgulho, 
- Vaidade, 
- Medo, 
- Acomodação, 
- Tradição.

Conclusão:

- Aceita o desafio de começar observando estes sagrados conselhos?

Então pense e Haja positivamente... 
- Que sonho eu desisti e posso retomar?

- Quem eu posso ajudar?

- Quem eu posso convidar para trabalhar comigo? Pense nisto!  

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” II Co 5.17


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Os Cinco Pontos do Arminianismo
por
Duane Edward Spencer

Um teólogo holandês chamado Jacob Hermann, que viveu de 1560 a 1609, era melhor conhecido pela forma latinizada de seu último nome, Arminius.

Ainda que educado na tradição reformada, ele se inclinou para as doutrinas humanistas de Erasmo, porque tinha sérias dúvidas a respeito da graça soberana (de Deus), como era ensinada pelos reformadores.

Seus discípulos, chamados arminianos ou sectários de Arminius, disseminaram o ensino de seu mestre. Alguns anos depois da morte de Arminius, eles formularam sua doutrina em cinco pontos principais, conhecidos como Os Cinco Pontos do Arminianismo.

Pelo fato de as igrejas dos Países Baixos, em comum com as principais Igrejas Protestantes da Europa, subscreverem as Doutrinas Reformadas da Bélgica e as Confissões de Heidelberg, os arminianos resolveram fazer uma representação ao Parlamento Holandês. Este protesto contra a Fé Reformada, cuidadosamente escrito, foi submetido ao Estado da Holanda, e, em 1618, um Sínodo Nacional da Igreja reuniu-se em Dort para examinar os ensinos de Arminius à luz das Escrituras.

Depois de 154 calorosas sessões, que consumiram sete meses, Os Cinco Pontos do Arminianismo foram considerados contrários ao ensino das Escrituras e declarados heréticos. Ao mesmo tempo, os teólogos reafirmaram a posição sustentada pelos Reformadores Protestantes como consistente com as Escrituras, e formularam aquilo que é hoje conhecido como Os Cinco Pontos do Calvinismo (em honra do grande teólogo francês, João Calvino).

Ao longo dos anos, a estudada resposta do Sínodo de Dort às heresias arminianas tem sido apresentada na forma de um acróstico formado pela palavra TULIP. Daí o nome deste pequeno livro.

Os Cinco Pontos do Calvinismo são:
TTotal DepravityDepravação Total
UUnconditional ElectionEleição Incondicional
LLimited AtonementExpiação Limitada
IIrresistible GraceGraça Irresistível
PPerseverance of SaintsPerseverança dos Santos

Uma vez que vamos examinar, pormenorizadamente, aquilo que os teólogos reformados de Dort querem dizer com os Cinco Pontos cio Calvinismo, retro referidos, consideremos primeiro, sumariamente, os Cinco Pontos do Arminianismo.


1.VONTADE LIVRE : O primeiro ponto do arminianismo sustenta que o homem é dotado de vontade livre. 
1.1. Os reformadores reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas concordam com a tese de Lutero — defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade” —, de que o homem não está livre da escravidão a Satanás. 
1.2. Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que, no homem, restou bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador.

2.ELEIÇÃO CONDICIONAL 
2.1. Arminius ensinava também que a eleição estava baseada no pré-conhecimento de Deus em relação àquele que deve crer. 
2.2. Em outras palavras, o ato de fé, por parte do homem, é a condição para ele ser eleito para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exerceria livremente sua vontade, num ato de volição positiva para com Cristo.

3.EXPIAÇÃO UNIVERSAL 
3.1. Conquanto a convicção posterior de Arminius fosse a de que Deus ama a todos, de que Cristo morreu por todos e de que o Pai não quer que ninguém se perca, ele e seus seguidores sustentam que a redenção (usada casualmente como sinônimo de expiação) é geral. Em outras palavras: 
3.2. A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os homens. 
3.3. Contudo, cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo.

4.A GRAÇA PODE SER IMPEDIDA 
4.1. O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo. 
4.2. Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir à vontade de Deus em relação a sua própria vida. (A ordem arminiana sustenta que, primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo.) 
4.3. Ainda que o arminiano creia que Deus é onipotente, insiste em que a vontade de Deus, em salvar a todos os homens, pode ser frustrada pela finita vontade do homem como indivíduo.

5.O HOMEM PODE CAIR DA GRAÇA 
5.1. O quinto ponto do arminianismo é a conseqüência lógica das precedentes posições de seu sistema. 
5.2. O homem não pode continuar na salvação, a menos que continue a querer ser salvo.

O CONTRASTE
Quando contrastamos estes Cinco Pontos do Arminianismo com o acróstico TULIP, que forma os Cinco Pontos do Calvinismo, torna-se claro que os cinco pontos deste são diametralmente opostos aos daquele. Para que possamos ver claramente as “linhas de batalha” traçadas pelas afiadas mentes de ambos os lados, comecemos por fazer um breve contraste entre as duas posições à base de ponto por ponto.

PONTO 1 
1.1.O arminianismo diz que a vontade do homem é ‘livre’ para escolher, ou a Palavra de Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto, depende da obra de sua fé. 
1.2.O calvinismo responde que o homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.

PONTO 2 
2.1.Arminius sustentava que a ‘eleição’ é condicional, enquanto os reformadores sustentavam que ela é incondicional. Os arminianos acreditam que Deus elegeu àqueles a quem ‘pré-conheceu’, sabendo que aceitariam a salvação, de modo que o pré-conhecimento [de Deus] estava baseado na condição estabelecida pelo homem. 
2.2 Os calvinistas sustentam que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto. 
2.3 Dever-se-á notar ainda que a segunda posição de cada um destes partidos (arminianos e calvinistas) é expressão natural de suas respectivas doutrinas a respeito do homem. Se o homem tem “vontade livre”, e não é escravo nem de Satanás nem do pecado, então ele é capaz de criar a condição pela qual Deus pode elegê-lo e salvá-lo. Contudo, se o homem não tem vontade livre, mas, em sua atual situação, é escravo de Satanás e do pecado, então sua única esperança é que Deus o tenha escolhido por sua livre vontade e o tenha elegido para a
salvação.


PONTO 3
Os arminianos insistem em que a expiação (e, por esta palavra, eles significam ‘redenção’) é universal. Os calvinistas, por sua vez, insistem em que a Redenção é parcial, isto é, a Expiação Limitada é feita por Cristo na cruz. 
3.1. Segundo o arminianismo, Cristo morreu para salvar não um em particular, porém somente àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento de vida eterna. Daí, a morte de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez que os que têm volição negativa, isto é, os que não a querem aceitar, irão para o inferno. 
3.2. Para o calvinismo, Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.

PONTO 4
4.1.Os arminianos afirmam que, ainda que o Espírito Santo procure levar todos os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a toda a humanidade e deseja salvar a todos os homens), ainda assim, como a vontade de Deus está amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus] pode ser resistido pelo homem, se o homem assim o quiser. Desde que só o homem pode determinar se quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo menos, ‘permite’ ao homem obstruir sua santa vontade. Assim, Deus se mostra impotente em face da vontade do homem, de modo que a criatura pode ser como Deus, exatamente como Satanás prometeu a Eva, no jardim [do Éden]. 
4.2. Os calvinistas respondem que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. Os calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde que todos os espíritos mortos (alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida.  
No momento em que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus. 
É neste ponto que aparece outra grande diferença entre a teologia arminiana e a teologia calvinista. Para os calvinistas, a ordem é: primeiro o dom da vida, por parte de Deus; e, depois, a fé salvadora, por parte do homem.

PONTO 5
511. Os arminianos concluem, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é uma “teologia de obras” 
— pelo menos no sentido e na extensão em que o homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo.) Esta possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é chamada de “queda (ou perda) da graça”, pelos seguidores de Arminius. Ainda, se depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode ser salva de novo”. Tudo depende de sua contínua volição positiva até à morte! 
5.2. Os calvinistas sustentam muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor 
— e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” 
—, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão’ pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos.

domingo, 5 de junho de 2016

Olhe na Direção Certa



                  Sermão pregado no dia 05\06\2015 no Culto de Ceia


Olhe na Direção Certa

Texto: Lm 3.20-26 Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim. Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”.

Introdução: Todos nós somos formados por lembranças boas e ruins, isso é um processo natural na vida de cada ser humano, o grande problema é que temos uma capacidade incrível de valorizar e externar as lembranças ruins e de deixar de lado as lembranças que nos trazem esperança da vitória.
 
É muito comum após as duas primeiras semanas, ou algum tempo depois de um novo Ano, ou novo trabalho, ou nova casa, começarmos a ver apenas os aspectos negativos da “NOVA” situação e indo desta forma trilhar o caminho da murmuração e do afastamento gradual de Deus.
Como entender isso?

1) NO INÍCIO ACHAMOS QUASE TUDO PERFEITO
No início de cada situação estamos tão maravilhados que nem percebemos os problemas e novos desafios que esta situação nos coloca à frente. É tudo “LINDO” na maioria das vezes, e só com o passar do tempo vemos as dificuldades e problemas e quando isso acontece, normalmente damos lugar à murmuração:
- ACHEI QUE ESTE EMPREGO ERA BOM.
- ACHEI QUE ESTE PASTOR DARIA JEITO NESTE POVO E NESTA IGREJA.
- ACHEI QUE ESTA ERA A MULHER IDEAL PARA EU CASAR.

2) É MUITO MAIS FÁCIL MURMURAR DO QUE AGIR
Quando percebemos que as coisas não são assim tão perfeitas, acabamos em muitas situações colocando o lado bom de tudo isso de lado e preferimos vangloriar o lado ruim, é mais fácil falar mal do que tentar mudar:
- É MAIS FÁCIL FALAR DOS ERROS DE MINHA ESPOSA DO QUE TENTAR AJUDÁ-LA;
- É MAIS FÁCIL FALAR MAL DO CHEFE DO QUE REALIZAR O NOSSO SERVIÇO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL;
- É MAIS FÁCIL MURMURAR CONTRA OS IRMÃOS E A IGREJA, PULAR DE GALHO EM GALHO DO QUE SE COLOCAR NA BRECHA.
Meu pai sempre me dizia: “pense bem antes de falar...”. Precisamos agir desta maneira, não podemos abrir a boca simplesmente para murmurar. Lembrem-se a murmuração atrai maldição/abismo, e um abismo chama outro abismo.
“Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há de um tolo do que dele” (Pv 29.20).

3) PORQUE DAMOS MAIOR VALOR AO NEGATIVO?
a) O inimigo quer tirar o nosso foco daquilo que trará esperança, pois sabe que sem esperança já estamos derrotados;
 
b) Quando murmuramos damos vazão à nossa alma, nossas emoções ficam a flor da pele, e quando temos coerência no que falamos, recebemos o apoio de alguns que nos ouvem, dando-nos assim a atenção que nosso coração tanto almeja (Ex: Se o pastor não me visitar esta semana eu vou sair da igreja). Não temos que chamar a atenção de ninguém pelo tamanho de nossas feridas de alma, mas sim pelo tamanho do Nosso Deus e de sua presença em nossas vidas. Aleluia.

Conclusão:
Quando lemos o texto de (Lm 3.21), podemos dizer que o autor falou isso porque estava debaixo das bênçãos de Deus, mas a verdade é que ele vivia um dos momentos mais difíceis do povo de Israel, pois Jerusalém havia sido destruída por volta do ano de 586 A.C. e Israel estava cativo em Babilônia, mas a atitude dele era de não olhar para o lado ruim de tudo aquilo, não era de olhar para conseqüência desastrosa que estava sobre ele e a nação de Israel, mas ele queria lembrar de tudo que traria a ele esperança de que aquela situação iria se resolver, pois sua esperança estava depositada no Guarda de Israel. Aleluia.
Pare de murmurar, de olhar para trás (Há como era bom...), é tempo de olhar para frente, de marchar, de pisar no mar para que ele se abra, é tempo de trazer à lembrança as promessas do Senhor teu Deus. Você é mais que vencedor em Cristo Jesus. Amém.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

VESTIMENTAS QUE AGRADAM AO SENHOR

 
A VESTIMENTA QUE AGRADA AO SENHOR
 
A vestimenta mais importante do discípulo verdadeiro de Jesus é interna e espiritual. Ele já tem removido os panos sujos de pecado e maus pensamentos, e tem os substituído por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de Deus (veja Colossenses 3:1-16). Ele procura cada dia ser mais parecido com seu Senhor, e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Jesus ensinou e demonstrou (Mateus 5:1-12). Essas transformações internas vão modificar seu comportamento externo, é claro. Ele não vai mentir ou furtar como pessoas mundanas (Efésios 4:25-29). Todos os aspectos da vida dele são colocado sob controle do Deus santo a quem ele serve (1 Pedro 1:13-16).

Através da História, homens e mulheres têm lutado com a questão de como essa transformação interna deve ser refletida exteriormente. Deve o servo de Deus se vestir de um modo diferente do que as pessoas do mundo? Respostas a essa pergunta são quase tão diversas como as modas numa loja de roupas. Alguns argumentam que a vestimenta dos servidores de Deus devem ser completamente diferentes do que as das pessoas do mundo. Resultados de tais pensamentos incluem as trajes tradicionais de ordens religiosas especiais e outras roupas peculiares, como as adotadas pelo povo Amish. Outros vão ao extremo oposto, dizendo que os cristãos devem ser iguais ao mundo e que eles podem seguir todas e quaisquer modas do mundo.

Deus nos ensina como nos vestir

Quando Deus fala sobre algum assunto em todas as épocas da história bíblica, devemos reconhecer que é importante. Por exemplo, ele ensina sobre a permanência de casamento no período dos patriarcas, na dispensação da lei de Moisés, e no Novo Testamento. Enquanto não adotamos do Antigo Testamento leis específicas sobre o casamento, nós entendemos os princípios do Novo Testamento com a ajuda do Antigo Testamento. Percebemos que são diversos os assuntos que são incluídos em todas as épocas de revelação divina: adultério, idolatria, a importância de sacrifícios apropriados, comer sangue, matar, etc. Desde o jardim de Éden, Deus tem orientado seu povo sobre roupas modestas. Vamos procurar entender esse ensinamento, e tenhamos a fé e o amor suficiente para aceitar o que ele diz, mesmo se não o compreendemos (Isaías 55:6-9).

Deus ensina seu povo a se vestir com modéstia

Adão e Eva. "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam" (Gênesis 2:25). Na sua inocência, antes de cometer o primeiro pecado, era normal para Adão e Eva estarem nus, mesmo andando no jardim na presença de Deus. A mesma inocência é vista em criancinhas ainda não corruptas pelo pecado. Mas, quando Adão e Eva conheceram a diferença entre o bem e o mal, ficaram envergonhados e imediatamente fizeram algum tipo de roupa mínima (Gênesis 3:7). A palavra usada aqui sugere que fizeram alguma coisa que foi embrulhada no corpo, evidentemente escondendo as partes mais íntimas do corpo. Mas Deus não aprovou esse tipo de roupa. Ele lhes fez uma vestimenta de peles (Gênesis 3:21). Essa palavra sugere um tipo de túnica. William Wilson, em seus Estudos de Palavras no Antigo Testamento, diz que essa vestimenta era um tipo de roupa usado por homens e mulheres que, tipicamente, tinha mangas e caiu até os joelhos, raramente aos tornozelos. O que podemos aprender desse primeiro caso? Deus quer que homens e mulheres usem roupas. Não somos como animais, que não sentem vergonha de sua nudez. Podemos entender, também, que a vontade de Deus desde o princípio é que usemos vestimentas que cobrem o corpo, não meramente alguma coisa embrulhada no corpo para esconder as partes mais íntimas. Cada servo de Deus precisa ser honesto e sincero aqui: as roupas de praia usadas hoje em dia seriam mais parecidas com as roupas que Deus fez, ou com as cintas que Adão e Eva fizeram?

Sacerdotes do Velho Testamento. Ninguém hoje tem motivo para dizer que nós devemos usar roupas iguais aos trajes sagrados usados pelos sacerdotes do Antigo Testamento. Mas, nós podemos aproveitar uma lição importante do motivo que Deus deu junto com algumas regras. Primeiro, ele proibiu altares elevados, para que a nudez do sacerdote não fosse exposta (Êxodo 20:26). Mais tarde, ele acrescentou outra instrução para melhor evitar esse tipo de problema. Ele ordenou que os sacerdotes usassem calção em baixo de suas túnicas para cobrir a sua nudez (Êxodo 28:40-42). Deus especificou que o calção iria "da cintura às coxas". Deus não queria que esses servos mostrassem as coxas expostas ao mundo. Hoje, homens do mundo tiram suas camisas e mostram suas coxas para todo o mundo na praia ou na rua. Homens que servem a Deus precisam perguntar para si, honestamente, se isso é realmente o que Deus pretendia que o povo santo fizesse.

Roupas peculiares ao sexo oposto. Em Deuteronômio 22:5, Deus disse: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais cousas é abominável ao Senhor, teu Deus." Entendemos que não somos sujeitos às ordenanças dadas por meio de Moisés aos israelitas. Portanto, é esclarecedor entender o que Deus estava dizendo. Ele não estava proibindo que homens e mulheres usassem algum artigo de roupa semelhante. Na época, ambos os sexos usavam túnicas, como ambos homens e mulheres em muitas culturas hoje usam calças compridas. É errado usar esse versículo para condenar as mulheres que usam calças. Mas, Deus quer que mantenhamos distinções entre os sexos (veja, por exemplo, 1 Coríntios 11:14-15). Ele condena as perversões de homens que se vestem e se comportam efeminadamente (1 Coríntios 6:9).

A vergonha da virgem da Babilônia. Quando Isaías profetizou, a nudez era, ainda, associada com vergonha. Quando ele descreveu o povo da Babilônia como uma virgem abusada, um aspecto da humilhação dela era que o inimigo descobriu suas pernas e sua nudez (Isaías 47:1-3). Mas hoje em dia, mulheres do mundo voluntariamente mostram suas pernas e ousam expor sua nudez, sem sentir nem um pouco envergonhadas. Será que tornamos tão dessensibilizados ao pecado, devido à cultura corrupta, que já esquecemos como sentir vergonha? (Veja Jeremias 8:5,8,9,11,12.) Como servos de Deus, temos que ser diferentes, não conformados aos costumes errados do mundo (Romanos 12:1-2). Precisamos saber como sentir vergonha.

A modéstia e bom senso de mulheres cristãs

Agora, vamos ver duas passagens semelhantes no Novo Testamento. "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10). "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido" (1 Pedro 3:3-5). Esses trechos não são idênticos (1 Timóteo fala sobre mulheres em geral, enquanto 1 Pedro fala sobre a mulher cujo marido não é cristão), mas há vários pontos paralelos. Vamos estudar alguns pontos chaves.

Jóias. É comum ouvir alguém usar esses versículos para proibir absolutamente todos os tipos de jóias, enfeites de cabelo, etc. Mas esse não é o sentido do texto. A Bíblia, às vezes, usa essa construção (Não faça isso, mas faça aquilo) para enfatizar o que é mais importante, sem proibir o menos importante. João 6:27 é um exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará...." Jesus não está proibindo trabalho honesto para suprir as necessidades da vida (compare 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8), mas está dizendo que devemos dar muito mais importância às coisas espirituais. Da mesma forma, Paulo e Pedro não proibiram o uso de jóias ou estilos de cabelo, mas disseram que mulheres piedosas devem dar mais ênfase à pessoa interior. É interessante que tanto Paulo como Pedro usaram exemplos do Antigo Testamento para explicar seu ensinamento. No Velho Testamento, jóias eram comuns, até entre as mulheres fiéis a Deus (veja Isaías 61:10; Provérbios 1:9; Gênesis 24:22,30,53). Excessos devem ser evitados, mas esses servos de Deus não proibiram o uso modesto de jóias.

Aqui, é bom observar que os escritos inspirados do Novo Testamento usaram exemplos do Velho Testamento para mostrar como o povo de Deus se veste.

A modéstia começa no coração. Os dois autores, Paulo e Pedro, fazem uma ligação importante entre o coração e as roupas. Algumas mulheres vão insistir em usar o tipo de roupas que elas querem, dizendo que ninguém pode mostrar onde Deus especificamente proibiu mini-saias, ou mini-blusas, ou biquinis, ou roupas muito justas. O problema nesses casos não é a falta de alguma regra específica nas Escrituras, mas a ausência de uma atitude certa no coração. Regras no vestuário não fazem a mulher modesta. Se o coração estiver errado, a mulher não será mansa e modesta.

A modéstia e bom senso. Em vez de dar uma lista de regras sobre vestimenta, Paulo apela à modéstia e bom senso das mulheres. Uma mulher (ou homem!) cujo entendimento é baseado nos princípios das Escrituras e cujo coração é dedicado a Deus, se vestirá decentemente. Ela não vai procurar chamar atenção por meios carnais, pelo uso de roupas dispendiosas ou que mostram o corpo.

Manso e tranqüilo. Pedro fala do espírito "manso e tranqüilo" como a base das roupas apropriadas. Paulo disse que nós todos devemos procurar viver uma vida "tranqüila e mansa" (1 Timóteo 2:2). O espírito manso e tranqüilo de cristãos — homens, mulheres e jovens — vai determinar o tipo de roupa que realmente agradará a Deus. Os cristãos farão diferença entre as roupas que refletem um espírito piedoso e as que sugerem carnalidade (veja Provérbios 7:10 — roupas fazem uma diferença!).

Vestindo-se para agradar a Deus

Muitas igrejas erram por inventar regras humanas sobre roupas. Mas, muitas outras erram por recusar a estudar e ensinar, cuidadosamente, o que Deus tem dito, para ajudar cada filho de Deus pensar e se vestir de uma maneira que glorifica o nome dele. Que possamos nos vestir para ele, começando com o próprio coração. 
 
MEDITA NISSO EM NOME DE JESUS 
 
O SENHOR JESUS ESTÁ VOLTANDO