sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A MOMENTOS QUE DEUS SE CALA


QUANDO DEUS E CALA

(Isaías 42:10-17)



“Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes. Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita; exultem os que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes. Dêem a glória ao Senhor, e anunciem o seu louvor nas ilhas. O Senhor sairá como poderoso, como homem de guerra despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído, e prevalecerá contra seus inimigos. Por muito tempo me calei; estive em silêncio, e me contive; mas agora darei gritos como a que está de parto, e a todos os assolarei e juntamente devorarei. Os montes e outeiros tornarei em deserto, e toda a sua erva farei secar, e tornarei os rios em ilhas, e as lagoas secarei. E guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles, e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei. Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses”. Isaías 42:10-17

· Todos nós enfrentamos situações de crise nessa vida. E quando passamos por dificuldades, por lutas, por momentos de desespero, como cristãos, o que mais poderia nos trazer alento e conforto seria o falar de Deus ao nosso coração.

· Quando Deus fala – seja através das Escrituras, da pregação ou de um comunicar à nossa consciência – é certo que nos enchemos de ânimo e de esperança, pois assim conseguimos encontrar algumas respostas para os nossos dilemas. Mas precisamos ser realistas: isto nem sempre acontece!

· Em determinadas fases da vida espiritual acabamos por nos deparar unicamente com o silêncio, o silêncio de Deus. 


Falo daquele tempo em que Deus se cala, em que Deus não nos dá respostas. Falo daquele tempo em que Deus não fala ao nosso coração. E isto nos deixa perplexos, desorientados, sem saber o que fazer.

· Contudo, de antemão posso adiantar que este é apenas uma das vias da espiritualidade, e é precisamente sobre ela que vamos tratar hoje.

I. O silêncio de Deus projeta a realidade da nossa fé

1) Segundo a Bíblia, a dinâmica do falar de Deus e do não falar é um acontecimento sempre presente na vida do povo de Deus.

2) O silêncio de Deus gera em nós o vazio, o sentimento de abandono.

3) Era este vazio e abandono que o povo de Israel experimentava no cativeiro na Babilônia. Foi para este povo que o profeta anunciaria a mensagem de Deus

4) Quando Deus se cala os homens tendem a tomar duas atitudes:
  1. Decidir por não mais buscar a Deus; ou
  2. Clamar a ele para que fale e não permaneça calado. Com respeito a esta segunda atitude, o salmo 28:1.
5) No silêncio de Deus, os crentes podem desenvolver intensa atividade espiritual.

6) Veremos que o silêncio de Deus tem o poder de trazer à tona o nosso interior. Assim saberemos quem somos, como estamos em Deus ou se estamos em Deus.

7) Nestas circunstâncias trava-se uma batalha pelas respostas de Deus. E nisto, há um grande crescimento no conhecimento de Deus.

8) Nestas situações deixa-se de lado a passividade e o conformismo.

9) Em seu silêncio Deus quer que falemos, que tomemos iniciativas de fé.

10) No silêncio de Deus saberemos da profundidade e da força dos nossos alicerces espirituais.

11) No silêncio de Deus saberemos da realidade da nossa fé, ou seja, se ela esta em atividade ou não.

II. O silêncio de Deus sempre É SEGUIDO pelo falar de Deus

1) Deus sabe até quando suportamos ficar sem o seu falar ao nosso coração.

2) Após a crise e o silêncio – isto é, quando o homem cai por terra sem recursos – a Bíblia sempre nos mostra de que o Deus misericordioso falará conosco.

3) No texto de Isaías, Deus agora passa a gritar, a berrar como uma mulher em dores de parto (v.14).

4) Deus não se conteve para estabelecer comunicação com seu povo. Essa questão era urgente para ele.

5) Nada impedirá Deus de se comunicar com seus filhos. É como se Deus estivesse dizendo: “Não suporto mais ficar em silêncio, vou falar aos meus, vou gritar e mostrar que estou aqui!”

6) As nossas vidas constituem uma questão urgente para Deus.

7) A fala de Deus ao nosso coração é carregada de esperança, de ânimo, de conforto, de direção.

8) Por isso lemos em Is.43:1.

9) Assim entendemos que Deus fala por meio da palavra pregada, fala à nossa consciência, fala por meio da leitura bíblica trazendo alento aos corações cansados.

10) Os períodos de silêncio, reafirmando, nos prepararão para o momento sublime do falar de Deus. E este falar de Deus é a única palavra do mundo capaz de nos levantar dos nossos fracassos e nos fazer vencer.

III. O silêncio de Deus nos prepara para a ação libertadora de Deus

1) Somente palavras não serão suficientes para saciar um coração sedento de respostas.

2) Os filhos e filhas de Deus agradam-se do ouvir, mas se satisfazem ainda mais quando contemplam mudanças ou libertação.

3) Este ponto se torna claro com o episódio do Êxodo: Deus fala a Moisés, mas em seguida liberta o povo do cativeiro egípcio. Neste capítulo de Isaías um novo Êxodo está por acontecer: O povo cativo voltará para a cidade de Jerusalém.

4) O falar esperançoso de Deus, portanto, antecedeu a libertação integral.

5) Com isso podemos ter a certeza que Deus nos conforta e nos enche de esperança por via de sua palavra, mas que igualmente atenderá nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais.

6) Tratam-se de ações concretas da parte de Deus que se realizam entre aqueles que crêem.

7) Falo de respostas que lhe serão dadas após o período de silêncio. Tomo como exemplo aquele que permaneceu um bom tempo sem emprego (silêncio de Deus). Quando Deus lhe abre as portas e lhe dá o emprego entendemos que aí está presente uma ação libertadora.

8) O silêncio de Deus, portanto, é um prenúncio do recomeço para o povo de Deus.

9) O silêncio de Deus educa o nosso interior para que possamos desfrutar plenamente a grande ação libertadora da parte de Deus.

CONCLUSÃO:

Por fim podemos dizer que em seu silêncio, Deus está tão presente como se estivesse falando. O silêncio divino não toma a forma de total falta de atividade ou desinteresse por seus filhos. Há um propósito para todas as coisas debaixo do céu, inclusive no calar de Deus. Se experimentamos a ausência de palavras, é certo que simultaneamente poderemos experimentar a presença constante do amor. Afinal, mesmo calado, Deus continua sendo aquele que ama.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A libertação do endemoninhado gadareno

Sermão pregado no dia 22/02/2015


A libertação do endemoninhado gadareno

Texto: Marcos 5:1-20
1 -  E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos. 2 - E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo; 3 - O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender; 4 - Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar. 5 - E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras. 6 - E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. 7 - E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8 - (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) 9 - E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 - E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. 11 - E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 - E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 - E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar. 14 - E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 - E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. 16 - E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos porcos. 17 - E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos. 18 - E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 - Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. 20 - E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.”  
Marcos 5:1-20



Introdução


A palavra cura está intimamente ligada à solução de problemas de natureza física. Contudo, esse não é o caso. Esse homem está sob uma condição de escravidão, opressão e possessão demoníaca. A libertação visa colocar em liberdade alguém que está cativo ou sujeito à escravidão de outrem. Portanto, esse homem não precisa de cura, mas de libertação.

Esse texto traz como primeiro ensinamento que nem todos os problemas que atravessamos são de origem humana. Existem problemas que são de origem espiritual. Não há remédio, não há médico, não há psicólogo..., não há especialista no mundo habilitado para promover alguma solução. É preciso ter discernimento acerca das lutas que travamos. O problema que esse homem portava tinha uma dimensão muito mais profunda.

Neste episódio há três forças trabalhando: 
  • Satanás 
  • Sociedade 
  • Jesus.


I – O que Satanás faz por esse homem


1 – Satanás destruiu a vida desse homem. A Bíblia afirma que o diabo veio par matar, roubar e destruir (Jo 10:10). A sua tarefa principal é arruinar a vida das pessoas.

a) Destruiu sua família  Esse homem não vivia mais em casa. Diz o texto que ele andava pelos sepulcros (v. 2). Sepulcro é caminho de morte.

b) Destruiu seus relacionamentos sociais – Esse homem já não tinha mais amigos. Sua condição de endemoninhado era tão grave que ele já não era mais aceito em nenhum segmento da sociedade. Esse homem tornou-se um ser solitário. Sua única companhia eram os demônios. Uma outra arma do diabo é essa: minar seus relacionamentos, isolar você. A solidão não é uma boa companhia.

c) Destruiu sua saúde física e mental  Esse homem se autoflagelava (v. 5). Diz o texto que ele “feria-se com pedras”. Ele havia machucado tanta gente, agora passou a ferir-se a si mesmo. Além disso, havia se tornado um homem violento (v. 4 – “ninguém podia subjugá-lo”). Seu comportamento era de uma pessoa insana. O evangelista Lucas registra que ele havia perdido completamente o pudor, pois andava nu (Lc 8:27).

d) Esse homem não tinha paz (v. 5). Diz a bíblia que “andava sempre de dia e de noite, clamando por entre os sepulcros e pelos montes”. Era alguém atormentado. Não havia descanso nem para sua mente nem para a sua alma. Era um perturbado. A própria fisionomia daquele homem denunciava o seu estado.


e) Esse homem estava totalmente escravizado por Satanás. Você já questionou a razão pela qual Jesus perguntou o nome daquele demônio  porque ele gostaria de revelar para o homem que estava sendo oprimido e também para os seus discípulos a terrível condição daquele homem. 

II – O que a sociedade fez por esse homem


1 – A sociedade afastou esse homem do convívio social. Ele foi arrancado da sua família, impedido de entrar na cidade. Esse homem foi considerado como um caso perdido. 

2 – A sociedade acorrentou esse homem. A prisão foi o melhor remédio que encontraram para esse homem. Colocaram cadeias em suas mãos e em seus pés. Mas, nem mesmo a prisão pôde detê-lo. O sistema carcerário brasileiro registra índices de reincidência próximo a 70%. Isso é uma prova incontestável que o Estado não consegue recuperar pessoas.


3 – A sociedade deu mais valor aos porcos do que a esse homem. O texto afirma que a libertação daquele homem provocou certa revolta em parte da população porque desencadeou na morte dos porcos. Os porcos valiam mais que uma vida. Porque nessa sociedade você vale aquilo que você tem. Qual o valor da vida para a sociedade? Para a sociedade a vida tem valor, mas vale menos que um porco.


III – O que Jesus fez por esse homem

1 – Jesus valorizou aquele homem. Jesus atravessa um trajeto perigoso para salvar um único homem. O Mestre enfrentou uma tempestade para chegar aquele lugar. Vai à Gadara por causa de uma só pessoa. Gadara era uma cidade gentílica. Uma cidade de pecadores. Além disso, era considerada pelos judeus como uma cidade imunda. Isso se deve porque eram terras destinadas à criação de porcos.


2 - Jesus o libertou. Os demônios não oferecem resistência a Jesus, porque sabiam que não tinha a menor condição para tal. Porque onde Jesus se faz presente, o diabo deve bater em retirada. Onde há luz as trevas se dissipam (1 Jo 3:8).

3 – Jesus devolveu dignidade (v.15). Há um contraste imenso. O cenário é extremamente antagônico entre os primeiros versículos e o versículo 15. 

Senão vejamos:
  1. Aquele que antes andava correndo angustiadamente, agora está sentado; 
  2. Aquele que antes andava gritando e clamando dia e noite, agora está em silêncio;
  3. Aquele que escandalizava a todos andando em plena nudez, agora está vestido;
  4. Aquele que tinha comportamentos insanos agora está em perfeito juízo;
  5. Aquele que se mostrava violento e representava uma ameaça à paz coletiva, agora é uma pessoa dócil e sociável;
  6. Aquele que pediu para que Jesus se afastasse dele agora deseja seguir Jesus.

4 – Jesus deu a ele uma missão (v. 18-20). 

Aquele homem deveria voltar para casa e reconstruir o seu lar. Refazer a sua vida. Este é o maior de todos os milagres. A salvação é o maior de todos os milagres. Você é um milagre de Deus! Você é um sinal vivo do poder transformador do Evangelho.

Qual o valor de uma vida para Jesus? Para Jesus a vida é tão cara que vale a pena todo e qualquer sacrifício para salvá-la. Sua vida é tão preciosa para Deus que custou a vida de seu próprio Filho. Agostinho disse que “Deus não tinha nada mais valioso para dar ao homem, exceto o melhor que Ele tinha – Ele deu a si mesmo; ele deu seu Filho”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

JESUS LIMPOU A CASA!

JESUS LIMPOU A CASA!


Falamos constantemente da importância de seguir os passos de Jesus, imitando o exemplo do nosso Senhor. 

Paulo disse:“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1). 

Pedro acrescentou: “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pedro 2:21). 

Aplicando essas instruções, devemos amar como Jesus ama, aguentar calúnias e perseguições como ele as suportava, resistir a tentações como ele o fez, etc.


- E a dureza de Jesus? Quando ele fez uma pregação que causou as multidões a irem embora 

– devemos ser tão fortes? Quando ele expulsou os cambistas e comerciantes do templo 

– devemos ser tão zelosos, ao ponto de ofender outros?                                                                                     
Leia o relato de João 2:13-17 – “Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá”.

Como devemos aplicar o exemplo de Jesus em nosso serviço ao Senhor?

Deus é Santo - Para entender o zelo de Jesus, precisamos salientar a santidade de Deus. 

Santo quer dizer “SEPARADO”.

Deus é separado de nós em dois sentidos. Primeiro, ele é o Criador, e nós, as criaturas (1 Samuel 2:2,6; Salmo 99:1-3). 

A natureza de Deus é diferente e superior à nossa. Este sentido da santidade de Deus se manifesta na criação que ele fez do nada. 

Segundo, ele é acima de todo pecado e maldade, e assim separado dos homens pecadores (Josué 24:19-20). 

Este aspecto da santidade de Deus se manifesta na criação de homens e mulheres com livre arbítrio, ou seja, com a capacidade de fazer escolhas morais.

Deus sempre quis um povo santo. Ele expressou esse desejo na Lei dada aos israelitas (Levítico 11:45). 


Hoje, ele nos convida a ser santos (1 Pedro 1:15-16). É a santidade que serve como base da nossa obediência à vontade de Deus.

A Santidade de Deus Deve Ser Respeitada no Santuário Dele 


- Jesus entendeu perfeitamente a santidade de Deus e conheceu bem a história dos santuários terrestres. 

O tabernáculo feito no deserto de Sinai representava a presença de Deus no meio do povo. 

Quando entraram para servir no tabernáculo, os sacerdotes foram obrigados a respeitar cuidadosamente a santidade do Senhor. 

Aqueles que não mostraram reverência total para com Deus foram mortos (Levítico 10:1-3).

Quase cinco séculos mais tarde, o templo em Jerusalém foi construído como uma casa mais permanente para Deus. 

Deus o santificou como sua habitação (1 Reis 9:3), mas disse que ficaria no meio do povo somente se Israel fosse fiel (1 Reis 9:6-9).

Quando Jesus chegou a Jerusalém e viu os homens profanando a casa de Deus, ele agiu com coragem e dureza. Em duas ocasiões, ele expulsou os comerciantes do templo (João 2:13-17, e três anos depois, em Mateus 21:12-13). 


Jesus respeitou a santidade do santuário de Deus, mesmo quando os líderes religiosos se mostraram relaxados nos seus deveres.

- O Cristão: Santuário de Deus                                               


Em 1 Coríntios 6:19-20, Paulo disse: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.

- Cada cristão deve se enxergar como o templo de Deus 

Deus habita em nós, e deve ser glorificado e santificado pela nossa vida. 

Com essa base, compreendemos o problema do pecado. A nossa desobediência mancha e estraga o santuário de Deus. 

Um povo santo, o povo que Deus sempre quis, começa comigo e com você! Devemos ser santos, como ele é santo.

Agora chegamos à aplicação difícil: Imitamos o exemplo de Jesus em relação à pureza da nossa vida? 


Temos a coragem e o zelo para expulsar o pecado das nossas vidas? 

Temos a vontade de enfrentar as nossas fraquezas e tirar qualquer conduta ou atitude que milita contra a santidade do nosso Criador?

- A Igreja: Santuário de Deus 


A figura do santuário de Deus é usada, também, para descrever a igreja de Jesus. Paulo fala à igreja quando diz: 

“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3:16-17). 

Em outra carta, ele diz que a igreja é a casa de Deus (1 Timóteo 3:14-15). Esses dois trechos mostram a importância de procedimento digno na igreja, tanto na edificação como na organização dela. 

A igreja deve ser zelosa em manter a doutrina pura e praticar somente as coisas autorizadas por Jesus.

Deus não habitará numa casa suja e poluída pela iniqüidade.

As cartas às igrejas da Ásia mostram a importância de manter a santidade da igreja. 

O Senhor rejeitará uma igreja que perdeu o seu amor (Apocalipse 2:4-5). 

Ele não ficará numa congregação que tolera falsas doutrinas ou imoralidade (Apocalipse 2:14-16,20). 

Uma igreja morta, cujas obras não sejam íntegras, será castigada por Jesus (Apocalipse 3:2-3). 

Ele vomitará da boca uma igreja morna e satisfeita (Apocalipse 3:15-17).

Como é que mantemos a santidade de uma igreja?


1. Precisamos tirar a impureza da nossa própria vida. Eu faço parte da congregação. 

Se eu limpar o meu coração, a igreja ficará mais limpa.

2. Devemos ajudar os nossos irmãos a se purificarem do pecado. Quando recuperamos o irmão que tropeçou (Gálatas 6:1-2), ou convertemos aquele que desviou (Tiago 5:19-20), a igreja ficará mais pura.

3. Quando um irmão persiste no pecado, somos obrigados a expulsá-lo do nosso meio (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-14). Algumas das igrejas da Ásia foram reprovadas por não fazer isso. 

Uma igreja que tolera o pecado aberto e persistente não ama a Deus acima de tudo. Se ela não mostrar o arrependimento, o Senhor removerá o seu candeeiro!

- Sejamos Zelosos! -
Jesus falou para a igreja de Laodicéia: “Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3:19). No Velho Testamento, homens zelosos se mostraram radicais em tirar a má influência do pecado do meio do povo. 

Finéias matou os rebeldes e poupou Israel da praga que estava matando o povo (Números 25:1-13). 

Deus elogiou o zelo desse servo: “Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel” (Números 25:11).

Em vários outros casos, servos fiéis escolheram Deus acima dos próprios filhos e irmãos. Quando Nadabe e Abiú morreram na rebeldia contra Deus, seu pai e seus irmãos continuaram no tabernáculo, respeitando a santidade de Deus (Levítico 10:3-7). 

Pais de filhos rebeldes foram instruídos a entregá-los à justiça para serem mortos, assim eliminando o mal do meio da congregação (Deuteronômio 21:18-21). 

A vontade de Deus e a pureza da congregação foram mais importantes do que a vida de um filho.

O povo de Israel recebeu de Deus uma lei que servia para governá-lo, tanto na vida espiritual, como nas questões civis. 


Por isso, o “governo” castigava as pessoas que desobedeciam as leis religiosas. 

Hoje, o governo ainda castiga malfeitores para manter ordem na sociedade (Romanos 13:1-4), mas a igreja não mata as pessoas que desobedecem as instruções religiosas que Deus nos deu! Devemos ter o mesmo zelo de Finéias, mas não o mostramos da mesma maneira.

O ensinamento do Novo Testamento requer o nosso zelo para manter a pureza da igreja.

Já citamos instruções dadas aos coríntios e aos tessalonicenses sobre a necessidade de nos afastar de irmãos que voltam ao pecado. 

Muitas pessoas acham tal ensinamento duro demais, e muitas igrejas recusam seguí-lo. 

Quando procuramos um “jeitinho” para evitar esses mandamentos, ou simplesmente ignoramos a palavra de Deus, as conseqüências são gravíssimas:

1. O pecador permanece no erro, cauterizando a própria consciência;

2. Nós nos tornamos cúmplices, sujando a santa igreja com o pecado não corrigido;

3. Pela nossa conduta desobediente, mostramo-nos indignos de Deus, pois escolhemos a amizade de pecadores acima da santidade de Deus.

A necessidade de aplicar ensinamentos “duros” envolve, muitas vezes, membros da própria família. Às vezes, é necessário nos afastar de parentes “cristãos” que voltam ao pecado. 


Em vez de oferecer desculpas para justificar a nossa desobediência, a própria família deve ser a primeira na aplicação da disciplina de Deus ao pecador. Pode ser necessário falar para alguém, até da própria família:


“Você pode escolher o pecado e a eternidade no inferno, mas eu não vou junto!”


Purificar ou Destruir - A inda há mais um capítulo na história da purificação do templo. Na mesma semana da segunda purificação, Jesus avisou o povo que voltaria para destruir o templo em Jerusalém (Mateus 23:37-38; 24:2). 


Quarenta anos depois, ele usou o exército romano para cumprir a sua palavra. Jesus fez tudo para salvar o povo e estabelecer a sua comunhão com eles, mas rejeitaram os seus apelos. Devemos aprender a lição. 

Se não tivermos o zelo para purificar o santuário de Deus, a nossa casa ficará deserta.

Não é fácil ser um povo santo, mas somente os santos têm a esperança da vida eterna com Deus. Sejamos santos, porque Deus é santo! (1 Pedro 14-16)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Quebre o jugo do passado

Sermão Pregado domingo 15/02/2015
Quebre o jugo do passado

Texto: Jeremias 18:4 “Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.”

IntroduçãoDeus quer que você assuma sua condição de homem de Deus, de mulher de Deus de nova criatura e com isso nunca mais carregue o jugo da vergonha, da miséria, do escárnio e da humilhação. 

Josué 5:9 - "O Senhor quebra o jugo. "

O que é um jugo?
Autoridade, domínio, submissão, obediência.
Estar sujeito ao mesmo domínio, estar submisso à mesma autoridade.

Ter o jugo do passado quebrado é não ter que carregar mais o peso que te escravizava que te enganava e te fazia se enxergar como um nada. 

A partir deste dia não era mais para o povo andar sem honra, sem destino, sem conquista, sem força, mas era para andar em novidade de vida.

O que nos impede de Conquistar e viver a vida abundante que Deus nos prometeu?

É continuarmos mesmo após o novo nascimento carregando o jugo do passado as marcas do Egito, um mundo e sistema opressor e não vivendo como homens e mulheres do céu novas criaturas.

O que nós éramos no Egito: 
      Fofoqueiro - Fala o que ouve e nunca o que sabe. 
      Murmurador - Reclama de tudo. 
      Critico - Só sabe criticar e nunca elogiar. 
      Invejoso - Vive cobiçando as coisas dos outros.

Como ter o jugo do passado quebrado?

Quebre o jugo e viva a conquista. Judas 5,11,16-20


"Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram; Judas 1:5"


"Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré. Judas 1:11"

"Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse. Judas 1:16

O jugo é a condição que o diabo quer que os homens vivam, dominados e controlados pelos desejos da carne, porque quando o homem anda nesta condição ele é escravo do pecado.

1 - Quebre o que te faz ter orgulho do Egito. 

Números 11:5,6 ”Lembramo-nos dos peixes que no Egito...”.

Será que eram de graça mesmo? É que o diabo os fez esquecer a escravidão que viviam para ter aquela comida.
  
Será que o maná era tão ruim? O maná era a provisão temporária de Deus para levá-los em liberdade à uma terra que manava leite e mel. 

Tem pessoas que saem do “Egito” que é o domínio de Satanás, mas parecem se orgulhar do que tinham antes e até falam com certo saudosismo: “Eu sou ex-viciado, eu fazia e acontecia, eu era o cara mais perigoso do bairro, eu era o maior conquistador”. 

Eles estavam no Egito – o Egito era a maior nação da terra, porém eles eram escravos.

Jesus disse: João 8.34 “Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado”.

2 - Quebre a aliança com o príncipe deste século. 

2 Coríntios 4.4 – “…nos quais o deus deste...”

Quer descobrir o jugo que pesa em sua vida?

Tente libertar-se – é gente que se levanta, é parente que começa perseguir e a falar.

Em Miquéias 7.6  "Porque o filho despreza o pai..."

E Jesus disse: Lucas 14.26  Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.

É preciso romper, não os relacionamentos, não o amor, mas o jugo!

3 - Quebre o jugo e deixe Deus circuncidar o seu coração. 

Romanos 2.29 - Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”.

A marca da circuncisão era no corpo do homem, mas hoje ela atinge nosso coração, tirando aquele que não amava a Deus e colocando um que deseja experimentar à vontade de Deus.

4 - Quebre o jugo e viva em novidade de vida. 

Romanos 7.6 -  “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.”

O velho homem morre no deserto, pois a terra prometida está reservada para aqueles que andam e vivem como novas criaturas em Cristo.

5 - Quando o jugo é quebrado o poder do passado é anulado da sua vida. 
O passado não deixa de existir, mas seu poder é quebrado Os pais viram sinais e não entraram na Terra, os filhos nasceram no deserto e entraram em Canaã.

Quando o jugo é quebrado começo viver as conquistas. Josué 5.9-12. "Disse mais o Senhor a Josué: Hoje retirei de sobre vós o opróbrio do Egito; por isso o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje. Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. E, ao outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.         
Josué 5:9-12"

Começo a comer o fruto da terra as novidades da terra.

Conclusão: A palavra de Deus para sua vida hoje é essa:
     Quebre o que te faz ter orgulho do Egito. 
     Quebre a aliança com o príncipe deste século. 
     Quebre o jugo e deixe Deus circuncidar seu coração. 
     Quebre o jugo e viva em novidades de vida.

Isaías 1.19 - “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.”