12ª Lição – Mordomia Cristã
“Pois tudo vem de ti, e das tuas mãos to
damos (...)
Senhor nosso Deus, toda esta abundância,
que preparamos para te edificar uma casa ao teu Santo nome, vem da tua mão, e é
toda tua” (1Cr 29.14,16).
I - Todas as coisas pertencem a Deus:
1 - Ao Senhor pertence todas as riquezas. A Ele
pertencem todas as nossas posses, nossos talentos, nosso tempo (Ag 2.8).
2 - Deus planeja nos abençoar materialmente
também. É seu intento:
a)- suprir
nossas necessidades (Fp 4.19).
b)- mostrar-nos
o seu amor, nos dar força para trabalhar e enriquecer (Dt 8.18);
c)- abençoar
outros irmãos (Rm 12.13);
d)- sustentar
os projetos de sua Igreja (IICo
9.6-15).
II - Atitude correta para com as nossas
finanças:
1-Reconhecer que foi Deus quem nos possibilitou o
ganho;
2-não permitir que a ansiedade tome nossos
corações (I Pe 5.7);
3-planejar os gastos (prioridades) não devemos
competir com ninguém, além de sermos cuidadosos com empréstimos
(Rm 13.8;Pv 22.7);
4-aprender a viver com aquilo que Ele tem nos
dado (Fp 4.10-12);
5-ganhar honestamente nosso dinheiro;
6-tenha uma visão de prosperidade.
Dízimo
Devolver o dizimo, no Antigo Testamento,
constituía-se em separar a décima parte do produto da terra e dos rebanhos para
o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.
“Trazei todos os dízimos à Casa do Senhor, para
que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor do
exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal, que dela vos advenha mais abastança” (Malaquias 3.10).
III - Dízimo.
1. O dízimo nos dias de Abraão. A origem do dízimo perde-se no
tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No
entanto, a primeira referencia bíblica ao fato relaciona-se aos dias deste
patriarca. Em (Gn 14.20) está escrito que Abraão devolveu a Melquisedeque o dízimo de tudo,
sendo que, neste caso, não foi do produto da terra nem dos rebanhos, e sim do
despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos leia (Hb 7.2).
Ora, quando o novo testamento reporta-se ao
assunto, é porque algum ensino existe para os dias de hoje, como você terá a
oportunidade de verificar mais adiante. Leia
(Lv 27.30,32-34 e Dt 12.5-6)
2. O dízimo nos dias de Jacó. Posteriormente na progressão da
história bíblica, você encontrará o patriarca
Jacó seguindo o exemplo de Abraão, só que em outra circunstância; a de ser
grato a Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada leia (Gn 28.18-22). É certo que a
gratidão pelas bênçãos a serem alcançadas moveu o coração de Jacó, que, de forma
espontânea, reconheceu a soberania de Deus após a experiência em Betel.
3. O dízimo nos dias de Moisés. Nos dias de Moisés, o dízimo passou a exercer importante papel na vida
religiosa do povo israelita leia (Dt
26.1-15). Desta forma, não só a Casa de Deus era suprida,
como também mantida a tribo levítica, responsável pelo sacerdócio. Quando o
povo se encontrava fraco e afastado de Deus, o dízimo era negligenciado.
Devolver o dízimo é, portanto, um sinal de avivamento, entre outros, quando
provém da fé e de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas.
Por isso, Malaquias chegou a chamar de roubadores de Deus àqueles que não
devolviam os seus dízimos (Ml 3.8-10), incitando-os a fazer prova do Todo Poderoso, que jamais deixará de cumprir
suas promessas àqueles que lhe são fiéis.
IV - O dízimo no Novo Testamento.
O dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo
Testamento. O escritor da epístola aos Hebreus estabeleceu uma vinculação
direta entre esta prática e o Novo Testamento, quando menciona o fato de Abraão
ter devolvido o dízimo de tudo a Melquisedeque. Vale lembrar, inclusive, que o mesmo
autor afirma ser Cristo sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.10).
Ora, isto quer dizer que, se a ordem é a mesma,
os deveres e privilégios continuam também os mesmos, sem alteração, e isto
inclui o dízimo. Devolver o dízimo, portanto, é dar seqüência, em Cristo, ao sacerdócio
de Melquisedeque, que é “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo principio
de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece
sacerdote para sempre” (Hb 7.3).
1. Jesus e o dízimo. O próprio Cristo não passou ao largo do dízimo. Leia (Mt 23.23,24). Você
descobriu, entre outras coisas, que a prática do dízimo entre os contemporâneos
de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os
escribas e fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos honrados pelos
homens, e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência.
Nada mais.
Todo o texto de Mateus 23 enfatiza este lado da
arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça
para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus
estivesse condenando o dízimo. Porém, uma leitura mais acurada do texto (verso
23) revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Foi isto que deixou claro
ao afirmar “...pois que dizimais a hortelã, o endro e o caminho, e desprezais o
mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé”. Ou seja, uma coisa não
podia existir sem a outra. É tanto que acrescentou:
“Devereis porém, fazer estas coisas (viver o
juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas” (dizimar a hortelã, o endro e o caminho). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser
mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz
obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.
2. O dízimo nas epístolas. Ainda que a palavra dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo,
está implícita toda vez que ele admoesta sobre a contribuição leia (1Co 16.2).
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições
eram feitas no primeiro dia da semana (Domingo),
proporcionalmente à prosperidade de cada um.
O dízimo é exatamente isto. Quando se devolve
10%, ele sempre
será proporcional. Em outras palavras, quanto
mais o crente prospera, mais contribui. O apóstolo também reitera o conceito de
que a contribuição sistemática, além de proporcional, deve ser oriunda da
motivação correta.
Ele afirma: “Não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2Co 9.7).
V - As bênçãos que acompanham o dízimo.
1. Bênçãos para a Igreja. Se todos os crentes devolvessem o dízimo, não haveria necessidade de a
igreja local lançar mão de campanhas financeiras para a execução de sua tarefa.
O que ocorre é exatamente o oposto. É pequeno o percentual que se dispões a
cumprir este mandamento, talvez por falta de ensino e de Ter a visão correta do
que significa o dízimo.
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja
“mantimento na casa do Senhor”. Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que
a Igreja tem aqui na terra para realizar a evangelização, enviar missionários,
manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para
abrigar o povo e suprir o dia a dia da administração. Por exemplo: como a
igreja poderá ser abençoada com o crescimento, se lhe faltam recursos para adquirir
folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo e ajudar no
cuidado aos crentes da igreja e da comunidade?
O dízimo é para isso. Não tem outra finalidade.
2. Bênçãos para quem devolve o dízimo. A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição:
primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do Senhor, que garante derramar
bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto
não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão.
Agora, com certeza garante vitória aos que, com
fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a palavra de
Deus jamais cai por terra. Fazer prova aqui não é chantagear o Senhor, mas
saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. “Se vós
estiverdes em mim”, disse Ele, “e as minhas palavras estiverem em vós”.
Veja algumas coisas que acontecem quando,
motivado pela visão
Correta, o crente devolve o dízimo:
a) Sente-se recompensado por sentir-se parte
ativa da obra de Deus;
b) Deus o socorre em tempos trabalhosos;
c) Torna-se exemplo para os demais crentes;
e) Deus lhe é recíproco em proporções bem
maiores;
f) Os recursos são mais abundantes para os
projetos da igreja; e
g) A obra de
Deus realizada com maior rapidez.
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