segunda-feira, 21 de novembro de 2011

8ª Lição – O Fruto do Espírito Santo


8ª Lição – O Fruto do Espírito Santo

O fruto do Espírito Santo e vitória sobre a tentação.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
Benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas não há lei” (Gálatas 5.22,23).

O fruto do Espírito Santo é resultado de uma vida em plena comunhão com Cristo (Jo 15:5). Viver desta força, em completa obediência ao Espírito Santo, é a única maneira que temos para vencer nossas fraquezas naturais. Este estilo de vida nos leva a produzir o fruto do Espírito, expresso em (Gl 5:22-23), com nove manifestações que veremos a seguir:

I - O fruto do Espirito se manifesta através do:

1- Amor (Mt 22:37-39) é a marca registrada do cristão. Este amor se manifesta de duas formas:

a)     Amar ao próximo (I Jo 3:14-16) há três termos gregos para designar amor: “ágape”, “eros” e “phileo”. Amor ágape é o amor desprovido de atração física, é o amor puro, verdadeiro, de Deus. É amar independentemente das características pessoais de qualidade da pessoa.

b)    Amar a Deus (Jo 14:15) é provado na prática; “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”.

2- Alegria é de origem espiritual não é passageira, não é enfraquecida pela adversidade, não depende das circunstâncias (Fp 4:4). Ela é sobrenatural e completa (Jo 15:11);

3- Paz (Jo 14:27) é a salvação que nos garante o estado de tranqüilidade em relação a Deus e ao nosso futuro (Rm 5:1).
É manifesta a confiança em Deus mesmo diante de circunstâncias difíceis (Fp 4:7);
4- Longanimidade paciência para suportar aflições, ser gentil com
aqueles que vivem perto de nós, não criticar, ser tolerante. É saber
suportar pressões sem pecar. Significa também perseverança para
alcançar o objetivo proposto (II Pe 3:9);

5- Benignidade fruto passivo (I Co 13:4-7) bondade profunda, compreensão, atenção, disposição para fazer o bem ao próximo.

6- Bondade fruto ativo é o mesmo que generosidade. Inclui a hospitalidade e todos os atos da bondade de alguém que prefere dar a receber (Ef 5:9). Pecamos quando não fazemos o bem.

7- Fidelidade é um caráter que inspira confiança. É ser fiel nas pequenas coisas que Deus nos confia. Exige dependência absoluta de Deus e traz bênção (Mt 25:21). È ser responsável para com Deus, para com a Igreja e para com os deveres naturais (Pv 3:3);

8- Mansidão brandura de gênio, nos leva a suportar muitas criticas
com amor, sem se irritar. Ser suave no trato com aqueles que nos cercam, ser brando, não estúpido, ser carinhoso, não revidar (Mt 5:5,38-42). É transferir a Deus todo o julgamento e toda a decisão.

9- Domínio Próprio auto-controle e auto-disciplina. Soluciona o problema do ódio, medo, ciúme etc. É saber controlar os sentimentos, ser controlado pelo Espírito Santo (II Pe 1:6). É agir e
reagir em todas as situações como Jesus agiria e reagiria. Este fruto irá gerar em nós a verdadeira maturidade cristã.

II- Segundo (I Co 2:14 à 3:2), há três tipos de homem:

1- O homem natural (I Co 2:14) é aquele que ainda não recebeu a Cristo como Senhor e Salvador;

2- O homem carnal (I Co 3:1-3) é aquele que já recebeu a Cristo, mas vive em derrota, porque confia em seus próprios recursos e esforços para viver a vida cristã;

3- O homem espiritual (I Co 2:15) é aquele que é controlado e fortalecido pelo Espírito Santo. Tem características pessoais, resultantes de sua confiança e seu conhecimento de Deus, tais como:
a) é cristocêntrico (a vontade de Jesus é o centro de sua vida);

b) é fortalecido pelo Espírito Santo (Ef 6:10-13);

c) conduz outros a Cristo, possui uma vida frutífera (Mt 28:19-20);

d) possui uma vida efetiva de oração (Ef 1:16 e 3:14);

e) compreende e busca fazer a vontade de Deus (I Sm 15:22);

f) confia em Deus (Sl 32:10);

g) obedece a Deus (Hb 11:8).

4- Como tornar-se um homem espiritual?

a) através da fé (Hb 11:6);

b) através do arrependimento e esvaziamento de si mesmo
(Fl 2:5-8);

c) através da atuação do Espírito Santo em sua vida diária
(Jo 7:37-38);

d) através da obediência da Palavra de Deus (Sl 119:11).

III - Quais os resultados de uma vida controlada pelo Espírito Santo?

1-Nos leva a produzir o fruto do Espírito (Gl 5:22-23) e manifestá-lo de forma quádrupla:
a)     Em relação a Deus louvor, adoração e gratidão;
b)     Em relação a si mesmo andar prudentemente, Ter paz interior, Ter propósito na vida e busca constante da vontade de Deus, conforme revelada em Sua Palavra;

c)     Em relação à Igreja comunhão no Corpo de Cristo. Isto envolve sinceridade uns com os outros (Ef 4:25), ter um coração que cede ao seu próximo por amor (Ef 5:21);

d)    Em relação o mundo vida exemplar no trabalho (Ef 6:5-9),testemunho vivo de Jesus (Ef 6:19-20), vitória sobre o inimigo a cada dia (Ef 6:10-12).

IV - O homem espiritual vence as tentações

Não obstante, a pessoa ser salva pro Cristo, ela está sujeita às tentações. Aliás, é após a conversão que as tentações se tornam evidentes. O fato é que agora, após a aceitação de Jesus, a pessoa está envolvida numa batalha espiritual. Deus, porém, já nos deu todas as armas para vencermos esta batalha.

Deus não nos quer espírito, mas homens e mulheres espirituais
(I Co 2:15). Somente um homem espiritual pode discernir e compreender a vontade de Deus e cumpri-la, vencendo as provações e tentações.

A Bíblia afirma que o cristão não deve viver debaixo do império da
morte, do pecado. Por outro lado, afirma também que seremos provados em nossa fé. O que fazer então?

V - A diferença entre tentação e provação

1- Tentação:
a)  Sua origem é satânica e carnal (Mt 4:1);

b)  Visa sempre o mal, ou seja, tirar-nos da dependência de Deus (Mt 4:3-11);

c)   Não é pecado em si. Jesus foi tentado (Hb 4:15);

d)  Pode ser definida como aquele impulso inicial que a pessoa sente para cometer pecados. Quando satanás tenta nos seduzir a realizar a vontade da carne ou a sua vontade induzindo-nos a pecar contra Deus.

2- Provação:
a) é de origem divina (Gn 22:1-12);

b) visa fortalecer a pessoa e não derrubá-la (Hb 11:8-10). Abraão foi exaltado e adquiriu bom testemunho após Ter sido aprovado;

c) como a palavra já diz, significa “pôr alguém à prova, submetê-la a um teste” (Dt 8:2);

d) a provação vem, muitas vezes, através do sofrimento (I Pd 2:19-21);

e) é motivo de alegria (Tg 1:2-4). A provação da fé produz perseverança, integridade e caráter. Através da provação somos aperfeiçoados, se formos aprovados.

f) os aprovados receberão galardão (Tg 1:12). Às vezes, um mesmo fato pode servir de tentação e provação. Deus permite certas coisas em nossa vida para provar a nossa fidelidade e nos fortalecer ainda mais (quando o ouro passa pelo fogo, ele é depurado).

Contudo o diabo tira proveito da mesma circunstância para nos derrubar. Um exemplo disso vemos no livro de Jó (Tg 5:10-11; I Pe 1:6-7).

VI - Por que somos tentados?

1- Pelo diabo
a) quem é ele? (Jo 8:44) pai da mentira;

b) o que ele faz? (I Pe 5:8) anda em derredor procurando atacar e
destruir.

c) o objetivo final do diabo é destruir as pessoas (Jo 10:10); lançando dúvidas a respeito da Palavra de Deus. A sua estratégia é a mentira e o engano. ele veio para matar, roubar e destruir. satanás usa como instrumentos:

2- O mundo

a) Mundo é o sistema religioso, social, político, os valores de todas as nações existentes, contrários aos princípios de Deus. É a
Humanidade afastada de Deus e dominada pelo diabo;

b) (I Jo 2:15-17) fala das coisas que o mundo oferece para satisfazer aos nossos objetivos carnais: prazer, posses e posição. (sexo ilícito, ambição por prestígio etc.).

c) A maneira utilizada para combater o mundo e vencê-lo não é enfrentando-o através de regras ou normas externas de comportamento, mas através do fortalecimento do homem interior (conhecer e obedecer a Palavra de Deus através do jejum e da
oração). Por meio da fé vencemos o mundo.

3- A carne

a)Carne é cobiça pecaminosa que opera em nós, nos levando a desobedecer a Deus (Rm 7:14-24);

b)Está em oposição ao Espírito de Deus (Gl 5:17);

c) As obras da carne são abomináveis a Deus (Gl 5:19-21);

d)Deve ser mortificada em Cristo (Gl 5:24).

Obs.: O diabo habilmente usa o mundo e a carne para despertar os nossos desejos pecaminosos e assim desviar-nos da dependência de Deus.
VII - Tentação: Início do processo que leva à morte (Tg 1:13-15).

As tentações começam em nossa mente através da cobiça. Se perdemos a batalha na mente, o passo seguinte será a imaginação, (sedução e engano). Do engano surge a decisão. Após a decisão vem ação. Uma vez consumada a ação (em palavras, atos, pensamentos ou reações) vem a morte (separação de Deus).

1- Como obter vitória sobre a tentação?

a) Levar todo pensamento cativo à obediência de Cristo (II Co 10:4-5); pois isto impedirá o desenvolvimento dos passos mencionados acima.

b) Estar com a mente cheia da Palavra de Deus (Cl 3:16; Fp 4:8-9);

c) Louvar a Deus constantemente. Decore alguns cânticos e passagens da Bíblia que falam de louvor e gratidão a Deus. O louvor não é somente cantar e citar a Bíblia, mas tudo o que fazemos: nossas atitudes, ações, reações (Ef 5:18-20);

d) Reconhecer a realidade da existência do diabo, do mundo e da
carne, saber como eles agem e resisti-los firmemente (I Pe 5:8-9);

e)Vigiar e orar (Mt 26:41);

f) Apropriar-se pela fé dos recursos de Deus (Ef 1:16-23);

g) Andar continuamente no Espírito (Gl 5:16);

h) Manter comunhão constante com os irmãos (Cl 3:16). Participe da vida da Igreja e de um grupo pequeno de estudo bíblico;

i) Buscar auxílio pastoral nos momentos de crise;

j) Ler bons livros cristãos;

k) Manter Jesus sempre no centro da vida e falar dEle a outras pessoas;

l) Todo o nosso ser precisa estar servindo a Deus integralmente
(I Ts 5:22-23).

VIII - O que fazer quando cair em tentação?

a) Quando pecamos, nossa comunhão com Deus é interrompida (Is 59:2). Devemos restaurá-la através da:

b) confiança que o sangue de Jesus é suficiente para garantir o nosso perdão e nos purificar (I Jo 1:9);

c) rejeitar a condenação do diabo (Rm 8:1).
Não precisamos carregar um fardo pesado por pecados cometidos. Uma vez confessado o pecado, devemos nos apropriar do perdão oferecido por Deus através do sangue de Jesus e viver de tal maneira que Deus seja glorificado. O perdão dos pecados não depende de sentimentos, mas de fé. Não precisamos sentir que somos perdoados, precisamos apenas crer.

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