segunda-feira, 21 de novembro de 2011

6ª Lição - O Espirito Santo


6ª Lição – O Espírito Santo

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8).

I - A natureza do Espírito Santo.
Nesta lição, você aprenderá que o Espírito Santo é uma pessoa divina, tal como o Pai e o Filho.

1. Provas bíblicas da sua divindade. Em Gênesis 1.2, você encontra a primeira referência ao Espírito Santo, o qual participou ativamente da criação. O Espírito Santo é da mesma essência divina que o Pai e o Filho, pois possui os mesmos atributos destes. Vejamos:

a) Onipotência: Igualmente com o Pai e o Filho, Ele possui este
atributo. É Onipotente: pode todas as coisas.

b)Onisciência: Assim como o pai e o Filho, o Espírito Santo tem pleno conhecimento de tudo. Seu saber é perfeito e infinito, em relação ao passado, presente e futuro. Ele é eterno: não tem princípio nem fim. Leia (Sl 139.2).

c)Onipresença: Você aprendeu que o Espírito Santo conhece todos os atos e pensamentos dos crentes. Ele perscruta o seu entendimento, pois está presente em todo lugar, de modo pleno. Leia (Jr 23.23,24).

2. Provas da sua personalidade.

O Espírito Santo, como já foi dito, é uma pessoa, e não uma influência ou energia cósmica; também não é a força ativa de Deus, como ensinam alguns . Ele possui características e personalidade. Veja os seus atributos pessoais: intelecto, volição (vontade) e sentimento leia (Rm 8.27 e 1Co 2.10, 11,16), onde se observa, claramente, a sua capacidade de examinar, conhecer e interceder. Ele se entristece e, também, tem ciúme (zelo) de nós. Leia (Tg 4.5).

Considere ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:

a) Revela (2 Pe 1.21). A Bíblia, revelação de Deus à humanidade, foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo.

b)Ensina (Jo 14.26). O Senhor Jesus afirmou aos discípulos que o
Consolador os ensinaria todas as coisas, e os faria lembrar de tudo quanto Ele (Jesus) havia dito.

c)Intercede (Rm 8.26). O apóstolo Paulo disse que o Espírito Santo “intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

d)Ordena (At 13.2). A igreja da Antioquia da Síria foi a primeira a enviar obreiros ao campo missionário. Porém a ordem para isto foi dada pelo Espírito Santo.

e)Testifica de Cristo (Jo 15.26; 1Jo 5.6,7). Ele testifica de Cristo. Se não fosse uma pessoa, seu testemunho seria nulo.

f) Fala à Igreja (Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22). Através dos ministros da Palavra e de várias outras maneiras, Ele fala à Igreja.

g) Convida à salvação (AP 22.17). Não só convence o pecador a aceitar a Cristo como Salvador, mas também, junto com a Igreja, convida a todos à salvação.

1. Símbolos do Espírito Santo.

Eles indicam a ação divina na terceira pessoa da Trindade, através dos vários ministérios que exerce em prol dos servos de Deus. Consideremos os principais:

a) Fogo. Este símbolo fala da ação purificadora do Espírito Santo, na vida do crente. Ao mesmo tempo em que incinera a força do pecado dentro de nós, e consome tudo que representa palha, madeira e feno; o fogo do Espírito Santo assinala a presença de Deus na vida do crente, ao iluminá-lo e aquecê-lo.

b) Vento. No encontro com Nicodemos (Jo 3.8), o Senhor referiu-se à ação do vento, para ilustrar a operação do Espírito Santo na obra de regeneração do pecador. É Ele quem convence a pessoa da necessidade de arrepender-se dos seus pecados e receber, pela fé, mediante a graça divina, a salvação consumada no sacrifício do Calvário, pelo Filho de Deus. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito Santo.

Tal como o vento, cuja presença é sentida, sem, no entanto, se poder tocar, assim é o Espírito Santo. Percebe-se a sua real operação na vida do crente e da Igreja, embora não se possa vê-lo tal como é. Seus atos independem da vontade humana, pois Ele é Deus, é soberano.

c) Água. Jesus afirmou a Nicodemos que “aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”. Neste versículo a água simboliza a Palavra de Deus, que concede vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Todavia, em (Jo 7.37), o Senhor Jesus identifica-se com a verdadeira fonte da água viva, isto é, da salvação consumada por Ele, e conferida aos que o aceitaram, pelo Espírito Santo. Ele afirmou:
“Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d'água viva correrão do seu ventre”. E João registra, ainda no versículo 39: “E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele crescem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”

d) Selo. Qualquer objeto que esteja selado, o identifica como propriedade exclusiva de alguém. O selo é a garantia de que o objeto não será confundido com qualquer outro, pois trata-se de uma marca pessoal, intransferível.
e) Azeite. É o mais conhecido dos símbolos atribuídos à terceira pessoa da Trindade. No Antigo Testamento, era usado par consagrar os sacerdotes e os reis de Israel. Ser ungido com o azeite, significava estar revestido da autoridade de Deus, para determinada tarefa espiritual ou secular. A Igreja já primitiva, através dos presbíteros, ungia os enfermos, que saravam, após a oração da fé leia (Tg 5.14,15). Ainda se faz isto, em obediência à Palavra de Deus. Os resultados são positivos.

f)Pomba. Esta ave simboliza brandura, inocência, doçura, pureza, amabilidade e paz. Por ocasião do batismo de Jesus, no rio Jordão, João Batista viu o Espírito Santo descer do Céu, em forma corpórea de uma pomba, e pousar sobre o Filho de Deus, para indicar que aquele era o Messias. Isto não significa que a terceira pessoas da Trindade tenha esta aparência, pois, como espirito, não possui forma que se possa definir.

III - A obra do Espírito Santo.

1. No pecador. O Espírito regenera a natureza pecaminosa do Homem, convence-o dos seus delitos e pecados, leva-o ao arrependimento, a confissão e ao abandono dos mesmos, pela fé no sacrifício do Filho de Deus. Deste modo, regenerado pelo Espírito, o pecador experimenta o novo nascimento, e torna-se uma nova criatura.

Leia (2Co 5.17).

2. No crente. A obra do Espírito é:

a)Consolar leia (Jo 14.16,17);

b)Conduzir, guiar em toda a verdade leia (Jo 16.13);

c) Ensinar todas as coisas e lembrar o que o Senhor ensinou leia (Jo 14.26);

d)Conceder poder para testemunhar de Cristo leia (At 1.8);
e)Interceder pelos crentes em suas orações leia (Rm 8.26);

f) Santificar. Esta é principal tarefa do Espírito Santo nos crentes, pois sem santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Este processo é uma operação dinâmica e progressiva. Começa na conversão e aperfeiçoa-se gradativamente até a volta de Jesus. Leia (2Co 7.1 e Fp 1.6).

3. Na Igreja. Considere as seguintes áreas, nas quais o Espírito Santo administra a Igreja:

a)Na obra de missões. A começar pela igreja em Antioquia da Síria leia (At 13.1-4), até os dias atuais, é o Espírito Santo quem separa e ordena os obreiros e envia ao campo missionário.

b) No ministério da pregação. Sem a unção do Espírito, nenhum pregador, por melhor que seja, logrará êxito em sua pregação, pois
sua mensagem é insípida, vazia e sem poder. Só há salvação de almas, quando o Espírito unge a mensagem e o pregador, como aconteceu com Pedro, no Pentecostes. Sob a convicção de que haviam pecado, por rejeitarem o Messias, o Salvador da humanidade, os judeus, compungidos em seus corações, arrependeram-se e foram salvos. Leia (At 2.37,4).

c)Oração. O Espírito intercede pelos crentes nas orações leia (Rm
8.26). Ao escrever aos crentes em Éfeso, Paulo concita-os a orar “em todo o tempo com toda a oração e súplica do Espírito” (Ef 6.18) leia Judas versículo 20.

A sobrevivência da Igreja só é possível sob a direção do Espírito Santo. Ele é o legítimo vigário (substituto) do Filho de Deus, na Terra. Ninguém mais!



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