13ª Lição – Evangelismo
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda a criatura” (Marcos
16.15).
I - Porque e quando devemos evangelizar.
1. Todos precisam de um Salvador. Todos os homens são pecadores e precisam de um Salvador: O homem pecou
e foi destruído da glória de Deus (Rm
3.23), ou seja, ficou impossibilitado de permanecer na
presença do Criador. Com a entrada do pecado no mundo Satanás tornou-se deus deste
século e príncipe deste mundo. O pecador está preso pelos laços do Diabo,
dominado e entregue a toda a sorte de iniquidades. Portanto, necessita urgente
de um Salvador.
Você agora é portador dessa mensagem preciosa,
que propicia remissão e regeneração ao mais vil pecador. O homem só poderá crer
depois de ouvir a Palavra. “Como pois invocaram aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue?” (Rm 10.14).
Enquanto não crer ele está perdido (Jo 3.13-36), porém quando
ouve a Palavra adquire fé (Rm 10.17), e esta comunica-lhe salvação (Ef
2.8) e muitas outras bênçãos celestiais. Leia (Mc 16.17,18).
2. Recebemos uma ordem do Senhor Jesus. Fomos chamados pelo Senhor e separados para a nobre e suprema tarefa
da evangelização leia (Mt 4.21; Jo 20.21). A “grande comissão” repetida cinco vezes, em todos os evangelhos e em Atos dos apóstolos leia (Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8), é o verdadeiro alvo do Novo Testamento.
O “ide”
de Jesus é mais do que uma ordem, é uma
obrigação: “...me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não anunciar o
evangelho” (1Co 9.16). Isto não significa que você será forçado ou constrangido a pregar o
evangelho. Mas que foi convidado pelo Senhor a fazê-lo, e o faz com dedicação,
prazer e gratidão dando seu próprio testemunho de fé ao mundo.
3. Deus nos concedeu o privilégio de
participarmos de sua obra. Os anjos desejam
ardentemente realizar esta tarefa, mas eles não possuem este direito. O anjo
disse a Cornélio que mandasse buscar a Pedro para que viesse e pregasse o
evangelho: “...manda chamar a Simão ... ele te dirá o que deves fazer” (At 10.5,6).
Os seres angelicais não podem fazer devido à sua
condição de espíritos. Mas o crente tem plena condição de realizar esta obra. A
proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu a homens com o fim
de se adquirir galardões. A salvação é dádiva que o Senhor concedeu aos homens,
mas o galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade na obra
de Deus.
4. O tempo de Deus é “agora” (At 17.30). “...eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da
salvação” (2Co 6.2). Por que agora? Agora estamos vivos. Não sabemos quando seremos
recolhidos pelo Senhor.
Devemos fazer a obra de Deus “enquanto é dia; a
noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo
9.4). Hoje em nosso país, temos plena liberdade para
pregarmos o evangelho em todos os lugares. Entretanto, pode ser que no futuro,
nossa liberdade religiosa seja restringida ou caçada e fiquemos
impossibilitados de pregar o evangelho.
Devemos evangelizar todos os dias aproveitando
todas as oportunidades. A Bíblia recomenda que preguemos a Palavra “a tempo e a
fora de tempo” (2 Tm 4.2).
II - Onde devemos evangelizar.
Nem todos os lugares podemos fazer cultos e
pregações, mas ganhar almas, individualmente, sim.
1. Nos cultos. Após a pregação e o apelo, os ganhadores de almas, deverão estar
atentos para levar aos ouvintes uma palavra amiga e sincera. Existem pessoas
que mesmo sendo convencidas pelo Espírito Santo, precisam de ajuda para fazer
sua decisão. Muitos têm dúvidas, temores e diversas dificuldades internas.
Nestas horas uma palavra de encorajamento é decisiva.
2. Nos lares. Jesus disse que o campo é o mundo, o mundo começa à nossa porta, no
nosso próprio lar (Mc 5.19). Os crentes primitivos evangelizam de casa em casa (At 20.20). Muitas igrejas
que hoje são grandes, começaram em casas particulares.
3. Nos trabalhos. Jesus chamou seus discípulos, quando eles estavam ocupados em seus
trabalhos habituais leia (Mc 1.16-19; Mt 9.9). Nem sempre é possível evangelizar no trabalho, mas a mensagem que fala
mais forte ao coração ímpio é a própria vida de quem prega. Portanto, um bom
testemunho constitui-se uma poderosa mensagem.
4. Nos transportes. Nos ônibus, trens, metrôs e outros meios de transportes públicos, as
pessoas normalmente estão dispostas e desocupadas, gostam de conversar e ler.
Quando não podemos falar com alguém, entregar um folheto apropriado é bem
oportuno.
5. Nos hospitais, penitenciárias e outras
instituições públicas. A primeira providência é
procurar obter a autorização para realizar o trabalho que se pretende.
Há pessoas que em boas condições de saúde e em
plena liberdade jamais ouviram o evangelho, mas nestas circunstâncias costumam
ouvir de boa mente. Nunca discuta pontos doutrinários ou religião. Lembre-se!
Seu objetivo é anunciar a Cristo.
6. Em todos os lugares. O convite da salvação destina-se a todas as pessoas em todos os
lugares independente de cor, credo, religião, raça, cultura e posição social.
III - Requisitos necessários para
evangelizar.
Em primeiro lugar, o ganhador de almas precisa
Ter a experiência da salvação (2Tm
1.12). Se o crente não tem convicção plena de sua
própria salvação, como poderá convencer os outros?
1. Ler e estudar a Bíblia diariamente. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de
que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15); “Então Filipe,
abrindo sua boca, e começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus “ (At 8.35). É preciso que os
crentes, que desejam ganhar almas para Cristo, estudem sistemática, metódica e
perseverantemente a Bíblia. Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão
humana não podem fazer, a Palavra de Deus o faz quando apresentada sob a unção
do Espírito Santo.
2. Ter ardente amor pelas almas perdidas.
O evangelismo na igreja primitiva era
caracterizado pelo esforço constante dos crentes no cumprimento do “ide” de Jesus. Nem as
proibições leia (At 4.18; 5.28), nem as prisões Leia (At
5.17-20), nem as ameaças de morte puderam deter aqueles
irmãos que inflamados pelo poder de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada
tiveram suas vidas por preciosas contanto que pudessem cumprir com alegria a
sublime missão que lhes fora dada pelo Mestre.
Constrangidos pelo amor de Cristo (2Co 5.14), eles não
podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4.20). Se quisermos
lograr êxito no evangelismo em nossos dias, a exemplo dos nossos irmãos no
início do cristianismo, devemos pedir ao Senhor que nos encha o coração de amor
pelos perdidos.
Assim se expressou um grande servo de Deus chamado
Brainerd: “Não me importava onde ou como vivia nem as experiências duras que
passava, se isto me levava a ganhar almas para Cristo. Enquanto dormia era este
o meu sonho e quando acordava o meu primeiro pensamento neste grande trabalho
estava”.
Sem dúvida alguma, a força que move o evangelismo
é a compaixão. Sem ela, o evangelho do evangelista se tornaria frio, rotineiro
e secularizado.
3. Ter vida santa, separada para Deus. “Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu
pecado”; “Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores
a ti se converterão”. (Sl 51.2,13). Muitos crentes trabalham a toda força e não há frutos. Qual é a razão?
O pecado é um impedimento à conversão de pecadores.
Se estivermos em pecado, se não estivermos em
comunhão com Deus, se estivermos nos descuidando da leitura da Bíblia e da
oração, fatalmente teremos o coração de pedra e nosso trabalho não frutificará.
4. Aprender com o Mestre Jesus. Leia (Jo
4.1-30) e acompanhe os passos do nosso amoroso Salvador
evangelizando a mulher samaritana.
a) Jesus aproveitou a oportunidade embora cansado
(v.6) e
faminto (v.8), pregou.
Ele teve amor e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.
b) Ele esperou o momento de estar a sós com a
mulher (v.8).
c) Ele não se importou com os preconceitos
raciais, sociais ou religiosos (vv.
9,10). Leia (Ef 2.13-19).
d) Entrou logo no assunto da necessidade
espiritual da mulher (v.7).
e) Não se afastou do assunto da salvação e nem se
desviou do seu objetivo (vv.9-13).
f) Jesus fez a samaritana entender que era uma
pecadora (v.16).
g) Não atacou seus defeitos nem a condenou. (v.18).
h) Jesus mostrou compaixão e interesse na vida da
mulher.
5. Ser cheio do Espírito Santo. A ordem de Jesus à igreja em (Mt
28.20), para pregar o evangelho, está intimamente ligada
à afirmação anterior: “...é me dado todo o poder no céu e na terra (v.18), e também na afirmação
posterior: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (v.20). Essa promessa foi cumprida
na pessoa do Espírito Santo. A presença de Jesus com os discípulos foi trocada
pela onipresença do Espírito Santo, que está em toda a parte. Leia (Lc 24.49; e At 1.8).
O apóstolo Pedro fraco e tímido antes do
Pentecoste, tornou-se em colunas após o revestimento de poder. É o Espírito
Santo que capacita o crente e dá direção para a obra de evangelização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário